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Gramofone, 1887

  • Foto do escritor: Tooink Vídeos
    Tooink Vídeos
  • 21 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de fev.

O fonógrafo foi inventado em 1877 por Thomas Edison. O uso de fonógrafos cresceria no ano seguinte. O Laboratório Volta de Alexander Graham Bell fez várias melhorias na década de 1880 e introduziu o grafofone, incluindo o uso de cilindros de papelão revestidos de cera e uma caneta cortante que se movia de um lado para o outro em uma ranhura em zigue-zague ao redor do disco. Na década de 1890, o alemão Emile Berliner iniciou a transição dos cilindros fonográficos para discos planos com uma ranhura em espiral que vai da periferia até perto do centro, cunhando o termo gramofone para toca-discos, que é usado predominantemente em muitos idiomas. Melhorias posteriores ao longo dos anos incluíram modificações no toca-discos e seu sistema de acionamento, na caneta ou agulha, no sistema de captação e nos sistemas de som e equalização.


Diferente dos fonógrafos, que utilizavam cilindros, o gramofone popularizou o uso de discos planos, revolucionando a forma como a música era gravada e ouvida. Este aparelho foi precursor dos modernos toca-discos e é um símbolo da evolução da tecnologia de áudio.


A Casa Edison iniciou a fabricação de gramofones em 1910, no Rio de Janeiro. Os aparelhos eram montados em terras brasileiras e seus motores e diafragmas vinham da Alemanha, da França ou dos Estados Unidos. Nos aparelhos brasileiros, a corda era suficiente para tocar apenas um disco e os mais comuns tinham sua corneta em forma de flor. O controle de velocidade ficava na frente e havia, ainda, um freio na plataforma superior, do lado direito.


A música passou a ser vendida e o seu formato era o disco. A matriz era feita de cera, goma laca, vinil, cobre ou acetato, onde as vibrações sonoras eram gravadas por uma agulha. Os impulsos, por meio de uma lâmina, chegavam ao disco através de uma agulha. Com a emissão do som, o ar movimentava-se vibrando a lâmina, que fazia a agulha riscar, em forma de ondas, a superfície do disco que estava girando.


De forma inversa, uma agulha, em contato com o sulco já riscado, sentia e transmitia as vibrações para uma corneta, que emitia o som. Na época, os alto-falantes ainda não tinham sido inventados. O processo não envolvia eletricidade: as gravações eram baseadas em um modelo mecânico acústico.


Em 1888, Berliner fez a primeira apresentação pública, no Franklin Institute, do seu princípio operacional, onde, sobre um disco de zinco recoberto por uma fina camada de cera, foram gravados os registros sonoros. Em seguida, o disco foi imerso em uma solução ácida, que atacou quimicamente apenas as áreas removidas pela gravação e assim, imprimia o registro sonoro na forma de um relevo. Esse processo Berliner denominou de fonotipia.


Sempre aperfeiçoando o sistema, logo aplicou a técnica de galvanoplastia, de forma a obter uma matriz - que, por sua vez, permitia a duplicação de uma determinada gravação em escala industrial. Para reprodução dos seus discos, Berliner desenvolveu um rudimentar aparelho, provido de um sistema de acionamento mecânico ou regulador de velocidade. Estava criado o gramofone. Dez anos depois, em 1898, Berliner fundou a gravadora Deutsche Grammophon, especializada em música clássica - a mais antiga gravadora ainda em atividade.



Gramofone, 1887

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